sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Se não houve constrangimento, tampouco violência, o que houve?



Desde que veio a público o caso do homem que ejaculou no pescoço de uma mulher dentro do ônibus na Avenida Paulista, em São Paulo, juristas têm divergido quanto ao acerto ou erro do magistrado José Eugenio do Amaral Souza Neto, que interpretou que não houve estupro, uma vez que, tecnicamente, não teria havido constrangimento e nem violência.
Alguns juristas acham que a decisão foi acertada e dizem que “é normal que público leigo se revolte”.
Mas, se ejacular em alguém contra a sua vontade não for entendido como forma de violência, quase nada o será.
Há os que dizem que houve machismo na decisão do juiz, outros que a lei tem lacunas. Ao que parece o principal foi esquecido - A MULHER.
Na realidade há uma mulher - que poderia ser eu ou você, a sua mãe ou a sua filha, que foi vítima de uma barbárie. É preciso que todos sejam empáticos com a vítima, é preciso se colocar no lugar dela, sentir o constrangimento,  a violência da situação e a sensação de nojo que ela sentiu.

Na realidade nessa estória também há um homem LIVRE, com antecedentes criminais e apto para escolher a sua próxima vítima.
Na realidade há um sistema que ainda permite que isso continue acontecendo contra as MULHERES. 

O momento exige "atitude". Nós mulheres merecemos ser tratadas com respeito.

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